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29 de jul. de 2011

EUFEMISMOS e UTOPIAS

                 “O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros”
                                                                                                      Margaret Thatcher

Os cidadãos, com mais de setenta anos, nascidos durante ou antes do início da 2ª Guerra Mundial, vivenciaram, na segunda metade do Século XX e na primeira década deste, experiências e desdobramentos surpreendentes da velha e conhecida luta de classes. Verdadeiras lições de vida.
Em 1886, depois do filósofo ateu, Friedrich Nietzsche ter afirmado que “Deus estava morto”, ocorreu um sensível declínio e o gradativo colapso do impulso religioso, fazendo com que aquele vácuo viesse a ser preenchido logo a seguir por novas doutrinas filosóficas; no lugar das crenças religiosas, surgiram então as ideologias seculares, com as quais estamos convivendo há quase um século. O inventário de violências e de fracassos delas foi espantoso.
Apesar dos históricos exemplos: comunismo, corporativismo, fascismo, nazismo, todos, regimes de resultados catastróficos, em nosso país, em particular, e no entorno dele, de um modo expressivo, políticos e adeptos militantes de uma dessas ideologias (o marxismo, hoje eufemisticamente mascarado sob o rótulo genérico de socialismo) continuam a insistir na implantação de regimes semelhantes, cuja natureza foi responsável, em passado distante e mesmo recente, pelo sofrimento de CENTENAS DE MILHÕES de indivíduos em todo o mundo.
A centralização evidente dos poderes e das decisões, a busca incessante de maiorias parlamentares a qualquer preço na clara intenção da implantação do “partido único” e o intenso regramento nas diferentes esferas da atividade humana, características conhecidas de governos totalitários, que podem ser constatados pelo excessivo número de leis e medidas que interferem, cada vez mais, na vida de todos os cidadãos, sem qualquer reação dos representantes eleitos pelo povo, cada vez mais preocupados com a repartição do butim.
O pífio desempenho dos parlamentares é proporcional à baixa qualificação das bancadas, preocupadas primeiramente com o loteamento de cargos e funções distribuídas pelo governo e, depois na manutenção daqueles conquistados. O emblemático e recente escândalo do Ministério dos Transportes confirma a assertiva. Enquanto isso ocorre o Legislativo permanece subordinado perigosamente aos interesses do Poder Executivo e o Judiciário cada vez mais identificado com a nova ordem.
Os programas de conteúdo social, necessários ao desenvolvimento do país e a uma melhor distribuição da riqueza, para minorar os antigos e conhecidos contrastes, são utilizados como moeda de troca pelos atuais governantes, com o intuito de se perpetuarem no poder, conquistando-o por uma nova modalidade do velho e conhecido voto de cabresto: “é dando que se recebe”... o voto.
A educação básica e intermediária, conduzida cada vez mais de forma ideologizada, repete e utiliza palavras-de-ordem (centralismo democrático, democracia plebiscitária, radicalizar a democracia, instâncias partidárias, etc...) e eufemismos que procuram mascarar a verdadeira intenção dos atuais governantes: a instalação de uma República Socialista fiel aos cânones marxista cerceadores das liberdades individuais.
O mingau vem sendo comido pelas bordas, paulatinamente, com a conivência e a omissão de autoridades que ignoram as lições de um passado não muito distante, esquecendo-se da obrigação de zelar pelo maior bem de qualquer nação civilizada: a LIBERDADE.
                               
           Porto Alegre, RS, 28 de julho de 2011
             Gen Bda Ref Carlos Augusto Fernandes dos Santos

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