A malha
ferroviária foi sucateada e o que dela sobrou loteada à iniciativa privada.
Hoje, serve de forma precária ao transporte de carga, deixando de atender às reais
necessidades de escoamento da produção.
A navegação,
fluvial e lacustre, de grande potencial, que deveria ser o meio mais importante
para o transporte interno de nossas riquezas, carece de incentivos e apoio para
o seu desenvolvimento.
A rede
rodoviária, insuficiente, mal conservada e envelhecida, apesar de acarretar o
maior custo de transporte da produção, sustenta a circulação de nossas riquezas
e pessoas.
Para arrefecer
as contas públicas e viabilizar a malha rodoviária sul-rio-grandense em
condições razoáveis de transitabilidade, o Estado, mais uma vez, onera o
cidadão e cria o pedágio.
O pedágio,
há anos atrás, foi o principal alvo de campanhas políticas, quando uns diziam “ser
o caminho, e o adversário, o pedágio”. Placas foram colocadas em rodovias
estaduais, como propaganda político-partidária, com os dizeres de que naquela
rodovia não era cobrado pedágio. Outros, diziam ser a solução para o necessário
investimento no setor.
Os
questionamentos continuam até hoje, mas, com um foco diferente, não se discute
mais a validade ou não da cobrança do pedágio. Este é fato consumado para os
governantes, independente de matiz, que o aceitam em nome da “governabilidade”.
O que se discute agora é sobre os valores
a serem cobrados e quem irá administrar as praças de pedágio.
Uma
nova empresa estatal – a Empresa Gaúcha de Rodovias - foi criada para administrar as estradas com
pedágio. Este novo negócio governamental possibilitará a contratação de novos
funcionários - através de um processo seletivo simplificado e em caráter
emergencial - e gerenciará, com proclamada eficiência, as nossas estradas.
A
iniciativa e a eficácia do projeto são dúbios e duvidosos. Hoje, festejam o fim
de algumas praças de pedágio, elevando cancelas e proclamando vitória. E,
amanhã, como será? Uma empresa necessita arrecadar para administrar e investir.
Este filme é conhecido: novos pólos de pedágio virão, novos aumentos se
sucederão, mais “funcionários” serão contratados,... e o contribuinte pagará a
conta. Quem viver, verá!
Sergio Sparta
Presidente do Partido Republicano
Progressista RS
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